Nasceu no dia 02 de abril de 1956, na comunidade de São Carlos no bairro do Estácio, Rio de Janeiro.
Tem duas filhas, que seguiu o mesmo caminho da capoeira. Uma delas é professora de educação física e capoeirista.
Sua infância não foi tão tranquila: Derli foi menino de rua dos sete aos nove anos de idade. Conta que, com oito anos, enquanto dormia, três pessoas lhe atearam fogo. Foi socorrido e acolhido por outros três que lhe apresentaram a arte da capoeira, aperfeiçoada ao longo dos anos com outros mestres. Morava nas ruas de Ipanema, onde participava de rodas de capoeira e era, vez ou outra, alimentado por artistas como Leila Diniz e Marieta Severo, próximo de completar 11 anos junto com sua mãe vem morar na Cidade de Deus, chegou no dia 12 de outubro, dia das crianças. Com ela viveu até os 30 anos.
Com Mestre Rock que começou a praticar a capoeira e depois participou de várias rodas de capoeira. Derli contribui para a bandeira da capoeira levando-a com muito mais atenção. Como dizem seus amigos e Mestres: “levantou o astral da capoeira”. Ficando conhecido como Mestre de Jacarepaguá.
“A capoeira sempre foi mais forte que as dores da vida, se não estava bem, ia para uma roda de capoeira e melhorava.”
“Já recebi várias medalhas e já fui muito homenageado em Jacarepaguá. Recebi medalha Tiradentes, medalha do movimento de cultura negra, e do cônsul de Canadá, já fui duas vezes aos Estados Unidos. E tenho aluno que da aula no Canadá.”
Derli coordena o grupo de capoeira Aliança Ariri, sendo um dos fundadores e deu aula de capoeira em escolas municipais dentro da comunidade Cidade de Deus.
No Festival Juventude na Favela, Mestre Derli foi homenageado pela sua vida resgatando muitos através da capoeira.
Já se apresentou para Barack Obama, quando o presidente dos Estados Unidos visitou a comunidade, ganhou prêmios internacionais e virou até personagem de livro: um pouquinho de sua história é contada por Valéria Barbosa no livro “Os grandes Mestres Guardiões da Cidade de Deus”.